Série sobre microempreendedores estreia no Canal Futura na Semana do Empreendedorismo

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Em dezesseis episódios, “Do Meu Jeito” conta histórias inspiradoras de empreendedorismo inclusivo de Curitiba e região metropolitana

Transformar sonhos pessoais em negócios rentáveis capazes de impactar positivamente sua comunidade. Esta é a premissa que une os dezesseis microempreendedores retratados na série “Do Meu Jeito”, realizada pela produtora curitibana Arte Nove com recursos captados através da Ancine.

Da ex-catadora de papel que batalhou para abrir sua loja de roupas ao pipoqueiro que hoje viaja o Brasil dando palestras e consultorias sobre gestão empresarial, a série em dezesseis episódios com 12 minutos de duração conta histórias de superação que mostram como é possível fazer um negócio dar certo, mesmo em meio a tantas adversidades.

São trajetórias únicas e inspiradoras de pessoas com uma origem humilde, que uniram a necessidade de gerar renda com o sonho de ter seu próprio negócio, dando um toque pessoal para que seu empreendimento ficasse “do seu jeito”. Em um dos episódios da série, “Uma web do meu jeito”, conhecemos a história de Edson Steinheuser, morador do bairro São João Batista, em Almirante Tamandaré, na Grande Curitiba. Percebendo a carência de serviços de internet na região, Edson viu a oportunidade de empreender e montar um provedor de web para oferecer acesso à informação para toda a comunidade.

Assim como ele, os demais personagens da série também foram em busca de recursos, capacitação, conhecimento e oportunidades para que seus negócios prosperassem. O título de cada episódio (“Uma bicicletaria do meu jeito”, “Um salão de beleza do meu jeito”, etc.) evidencia que a personalidade e a atitude do empreendedor também são fatores fundamentais para o sucesso do negócio.

Elisandro Dalcin, diretor da série, observa que nas grandes cidades o comércio costuma estar concentrado em shopping localizados em áreas centrais, enquanto nos bairros mais afastados há uma grande defasagem de produtos e serviços. “Quando alguém com visão de negócio abraça estas oportunidades, consegue transformar seu entorno e mudar a realidade daquele lugar”, opina. Segundo ele, a série procurou explorar ao máximo a linguagem documental, indo além das entrevistas estilo “talking head” e mostrando o empreendedor em ação, ambientado no contexto em que está inserido. “Foi interessante perceber como estas pessoas estão abertas para identificar novas oportunidades e não têm medo de redirecionar o rumo dos negócios conforme as necessidades. Elas são criativas, dinâmicas, persistentes e têm uma compreensão muito ampla da sua atuação, o que ficava claro quando refletiam sobre sua própria trajetória durante as entrevistas”, conta.

“Queríamos um retrato fiel e realista do empreendedorismo brasileiro, por isso buscamos a parceria da Aliança Empreendedora, organização social que apoia e promove modelos de negócios inclusivos junto a públicos de baixa renda, e que nos ajudou a selecionar diferentes perfis de microempreendedores, com habilidades e competências distintas, privilegiando também a diversidade de gênero e o tipo de negócio”, explica a produtora executiva, Manuela Abdo. Ao todo foram escolhidos 15 empreendimentos individuais e uma associação, negócios liderados em sua maioria por mulheres. Gestão financeira, visão de mercado, autoconhecimento, gestão de pessoas, formalização, inovação e gestão de tempo foram alguns dos critérios levados em conta na seleção dos personagens da série, que levou mais de um ano para ser finalizada, entre pesquisas, pré-entrevistas, captação, edição e pós-produção. As histórias narradas nos episódios ajudam a quebrar certos paradigmas amplamente difundidos no mercado, como a ideia de que ter uma dívida é sempre ruim, fazer o que se ama não dá dinheiro e de que só grandes empresários podem “sonhar grande”.

A metodologia de apoio a empreendedores criada pela Aliança Empreendedora está baseada na teoria Effectuation, da pesquisadora Saras Sarasvathy, que propõe uma abordagem diferente da ensinada nas escolas tradicionais de administração de empresas. Segundo ela, mais importante do que seguir o tradicional plano de negócios é empreender respondendo a três perguntas: quem sou, o que sei fazer e quem eu conheço.

“Em seu livro ‘Effectuation – Elementos da Expertise Empreendedor’, Saras entrevistou 52 empreendedores em 17 estados norte-americanos com faturamento entre 200 milhões e 6,5 bilhões de dólares, e concluiu que são determinados tipos de ações que fazem uma pessoa empreendedora, e não – como muitos pensam – certos traços de personalidade herdados geneticamente. Ou seja, qualquer pessoa pode aprender a agir de forma empreendedora. Ter uma atitude empreendedora é, portanto, uma questão de escolha individual, e não uma tendência natural, um dom ou alguma consequência do ambiente em que a pessoa está inserida”, explica Luisa Bonin, diretora de comunicação da Aliança Empreendedora.

Segundo pesquisa recente do SEBRAE Nacional, em 2011 as micro e pequenas empresas representaram respectivamente entre 98 e 99% do total de empresas formalizadas no Brasil, nos serviços e comércio. Atualmente, as MPE são cerca de 9 milhões no país, o que representa mais da metade dos empregos formais, e no setor de Serviços mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.

“Estamos rodeados por microempreendedores em nosso dia a dia. Porém, quando pensamos em empreendedores, a imagem que vem à cabeça da maioria dos brasileiros é a daquele empreendedor rico dono de uma grande empresa, o que não reflete o real microempreendedor brasileiro e não empodera nem valoriza o empreendedor. ‘Do meu jeito’ é relevante para que microempreendedores como os da série se inspirem e passem a se empoderar e buscar informações para que desenvolvam e obtenham sucesso em seus pequenos negócios”, opina.

A estreia de “Do Meu Jeito” acontece durante a Semana do Empreendedorismo, no dia 14 de novembro, às 22:30h, no Canal Futura. A cada dia, até 08 de dezembro, será exibido um episódio inédito. Realizada com recursos públicos geridos pela Ancine por meio da lei n° 8.685/93, a série tem patrocínio da Copel e apoio da Conta Cultura Paraná e da Secretaria da Cultura do estado.

 

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