As 26 iniciativas sociais devem fazer um pitch de até cinco minutos para a banca de avaliação
Na última semana, a fase de capacitações da oitava edição do Projeto Legado terminou. Agora, a turma se prepara para a banca de avaliação. Durante cinco meses, as organizações e negócios sociais aprenderam com importantes profissionais do ecossistema de empreendedorismo social temas como estratégias de comunicação, marketing, captação de recursos, planejamento estratégico, entre outros. Com o aprendizado, as iniciativas terão mais ferramentas para impulsionar e expandir o impacto positivo de seus empreendimentos, além de fortalecer o engajamento em torno das causas que defendem. Este ano, por causa da pandemia gerada pelo novo Coronavírus, todas as capacitações e mentorias foram realizadas por meio de plataformas online.
Expectativas para a banca de avaliação
Com a primeira fase do programa finalizada, as 26 iniciativas selecionadas devem fazer um pitch de até cinco minutos para a banca avaliadora. Cada organização deve apresentar o projeto de expansão de impacto que desenvolveu no decorrer das capacitações, indicando quais serão os próximos passos após o fim do programa. A banca, composta por profissionais que atuam ativamente no cenário de empreendedorismo social, avaliará pontos como a viabilidade do projeto, dimensão de impacto, a relevância da iniciativa para a sociedade e a clareza e coerência da equipe durante a apresentação.
A coordenadora do Projeto Legado, Ágatha Rocha, explica que a fase das bancas é o momento para os empreendedores mostrarem todo o aprendizado que receberam e sua evolução no decorrer do programa. “Essa é a fase deles mostrarem o resultado do esforço que dedicaram desde o dia de inscrição no programa até a última capacitação”, conta. Ela ressalta a importância do engajamento da turma durante as aulas, que pela primeira vez, foi totalmente online. “Frente a uma pandemia, não imaginava que conseguiríamos manter a turma tão engajada, repassar os conteúdos à distância e alcançar nossos objetivos. Mas todas as iniciativas estavam repletas de propósito e participaram ativamente em todos os encontros, sempre mergulhando em cada desafio”, afirma.
As bancas finais devem acontecer no fim de agosto.
Primeira fase
A empreendedora social, Elisa Serra, fundadora da marca Sui Generis Camisaria, que confecciona peças com artes realizadas por crianças e adolescentes autistas, acredita que as capacitações foram fundamentais para o crescimento do negócio. “Foi um período excelente para mim e para meu empreendimento. Tive a oportunidade de conhecer e conviver, mesmo de forma online, com pessoas incríveis, engajadas e com vontade de fazer e acontecer”, conta. Elisa afirma que a participação da turma durante as aulas e o empenho dos facilitadores foram os pontos altos do programa. “O conteúdo apresentado nas aulas me fez enxergar várias questões de forma diferente do que eu estava fazendo diariamente no meu negócio. Com certeza, agora o impacto do meu empreendimento será maior”, afirma a empreendedora.
Maria José Mocelin é gerente administrativa do Instituto TMO, que atua no apoio ao transplante de medula óssea. Ela explica que nunca havia tido contato com muitos temas que viu nas capacitações. “As aulas foram muito importantes e mostraram como uma instituição 100% filantrópica pode vender a importância do seu trabalho e o impacto que isso pode gerar para a organização e para a sociedade”, afirma. Segundo ela, o foco agora é lidar com a ansiedade das bancas de avaliação. “É um momento de colocar a mão na massa e controlar a ansiedade, pois mesmo com tudo que aprendemos até agora, sabemos que os avaliadores são exigentes e muito experientes na área social”, conta.
O programa
A oitava edição do programa teve 149 inscrições de iniciativas sociais localizadas em 19 estados. Os selecionados do Projeto Legado participam de encontros mensais que estimulam soluções de sustentabilidade financeira e expansão de impacto positivo. Além de conteúdo de gestão aplicado à realidade das iniciativas transformadoras, as capacitações promovem conexões e formação de redes. As organizações e os negócios sociais selecionados ainda têm a chance de concorrer a um investimento financeiro de R$ 10 mil. Em sete anos de atuação, o projeto já envolveu mais de 200 iniciativas de vários estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Ceará e Amazonas, além do Distrito Federal.
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