10 tecnologias sociais pela inclusão da pessoa com deficiência

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Graças ao avanço das tecnologias sociais, pessoas com diferentes tipos de deficiência podem realizar as mais variadas tarefas do dia a dia com mais facilidade

Telefones, computadores, celulares e tablets. Com o passar dos anos, a humanidade se viu cada vez mais conectada, podendo acompanhar em tempo real tudo que ocorre do outro lado do mundo. O desenvolvimento tecnológico não revolucionou apenas o mercado de eletrônicos. Também  possibilitou ações antes inimagináveis e gerou melhorias para a qualidade de vida das pessoas, trazendo mais inclusão e acessibilidade.

Graças ao avanço das tecnologias sociais, pessoas com diferentes tipos de deficiência podem realizar as mais variadas atividades. Sejam tarefas simples do cotidiano, como decidir a roupa do dia ou até participar de paraolimpíadas que, a cada edição, contam com o aperfeiçoamento tecnológico de próteses e equipamentos para melhorar o desempenho dos atletas. 

Cenário brasileiro

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, sendo a deficiência visual aquela que afeta o maior percentual de pessoas (3,6% dos brasileiros).

De acordo com a pesquisa, 16% das pessoas com grau intenso e muito intenso de limitação visual são impossibilitados de realizarem atividades cotidianas, como trabalhar e frequentar a  escola. A pesquisa também identificou que cerca de 5% da população brasileira é composta por pessoas com algum nível de surdez, parcela corresponde a mais de 10 milhões de cidadãos. 

Mês de visibilidade

Ao longo do mês de setembro, a pauta da pessoa com deficiência ganha ainda mais visibilidade, com  datas importantes para o movimento, como: Dia da Língua Brasileira de Sinais (10), Dia Nacional da Luta das pessoas com deficiência (21) e Dia Nacional dos Surdos (26). As datas têm o objetivo de transmitir informações sobre o assunto, promover discussões e contribuir para a quebra de preconceito. Para celebrar o mês, separamos dez tecnologias sociais que estão mudando – para melhor – o cotidiano de pessoas com deficiência. Confira:

Exemplos de tecnologias sociais

  • Be my Eyes

Ler o prazo de validade de um produto e verificar a cor de uma peça de roupa são atividades comuns do dia a dia, mas que podem ser um grande desafio para pessoas com deficiência visual. Pensando nisso, o aplicativo Be My Eyes funciona como um sistema de câmera que conecta deficientes visuais com voluntários. A plataforma permite que, por meio da fala e da imagem, problemas como a identificação de locais, fotos ou, por exemplo, o que diz uma placa ou data de validade de um produto, sejam resolvidos facilmente. O aplicativo está disponível para IOS e para baixar, basta acessar o link.

  • Bengala luminosa

Um dos maiores desafios para pessoas cegas ou com baixa visão são os possíveis obstáculos ao andar na rua. Para isso, foi criada a bengala eletrônica, que ao identificar obstáculos à frente, emite um sinal sonoro. Quanto mais próximo estiver o objeto, menos intervalos entre os sinais. Existe também a bengala luminosa, um projeto desenvolvido por brasileiros, que auxilia idosos e pessoas com mobilidade reduzida a se locomover em ambientes com pouca ou nenhuma luminosidade. A luminária é alimentada por pilhas e pode ser acionada por meio de um botão na parte superior. As duas soluções já estão disponíveis para compra no Brasil. 

  • DuoLibras

Participando do Legado Semente 2020, a startup DuoLibras produz conteúdo educativo de forma inovadora, eficiente e divertida sobre a Língua Brasileira de Sinais, promovendo a inclusão dos surdos na sociedade. As aulas acontecem por meio de episódios que se passam em diferentes lugares do cotidiano, como academias, mercados, faculdade, farmácia, entre outros. O objetivo é ensinar como os surdos sinalizam no dia a dia, com exemplos práticos. Para conhecer a iniciativa, acesse o site.

  • Guia de Rodas

O aplicativo Guia de Rodas, desenvolvido pela startup brasileira de mesmo nome, mapeia lugares com boa estrutura para locomoção de cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Por meio de avaliações de usuários cadastrados, o app avalia o grau de acessibilidade de estabelecimentos de todo o mundo. Pessoas com e sem deficiência podem avaliar e compartilhar informações. Em 2017, o aplicativo foi vencedor do World Summit Award (WSA), organizado pela cúpula das Nações Unidas, como melhor solução móvel inclusiva do mundo.  O app está disponível de forma gratuita para iOS e Android.

  • HandTalk

Por meio de inteligência artificial, o aplicativo HandTalk promove a inclusão de pessoas surdas. A plataforma traduz automaticamente textos e áudios em português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e para a Língua Americana de Sinais (ASL). A ferramenta usa um avatar digital, o personagem chamado Hugo, para desenvolver os gestos e facilitar a comunicação com pessoas surdas ou com dificuldade auditiva. Em 2015, foi eleito como o melhor aplicativo de acessibilidade da América Latina pela ONU. Para saber mais sobre a iniciativa, acesse o site

  • Mouse de cabeça

O Enable Viacam – um “mouse de cabeça” – é um programa gratuito que permite que o usuário controle o cursor do mouse apenas com o movimento dos olhos, podendo habilitar o teclado virtual, posicionar a barra de rolagem da tela e abrir e fechar programas. São necessários movimentos leves para mudar o cursor na tela. A sensibilidade dos movimentos pode ser ajustada conforme a necessidade e redefinida sempre que for necessário. O programa é gratuito e para funcionar, basta ter uma webcam no computador. Para acessar a plataforma, acesse o link

  • TelepatiX

Pessoas com limitações de movimento e de fala, como pacientes de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e de Paralisia Cerebral ou sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem usar o TelepatiX para se comunicar. A plataforma oferece um alfabeto que é percorrido por uma varredura sequencial de linhas e colunas. O usuário pode selecionar cada linha e coluna simplesmente tocando em qualquer parte da tela, mesmo tendo o menor e mais impreciso movimento. Para acelerar a escrita, o TelepatiX vai tentando “adivinhar” as palavras a cada letra escolhida, e também aprende o vocabulário frequente do usuário, completando suas frases mais usadas. Depois de escrever, a pessoa pode mandar o aplicativo vocalizar a frase em alto e bom som. Para acessar a plataforma, acesse o site.

  • See Color 

Já imaginou um mundo sem cor? Conhecer as cores torna as pessoas independentes e capacitadas à fazerem suas próprias escolhas no dia a dia. Por isso, a startup See Color, participante do Legado Semente 2020, foi criada. A iniciativa permite que as pessoas com algum tipo de deficiência visual entendam e “leiam” as cores. Quer saber mais? Acesse o site

  • Signa

A iniciativa Signa nasceu em janeiro de 2016 para resolver a falta de oportunidades para os surdos brasileiros em se capacitar e fazer cursos com qualidade a partir da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com uma plataforma online adaptada e cursos produzidos didaticamente em Libras e com legendas, a Signa capacita e prepara surdos para o mercado de trabalho. Os cursos são produzidos pela própria comunidade surda. 

  • Veever

Mais um exemplo na lista de tecnologias sociais é o Veever, um aplicativo gratuito que utiliza a tecnologia de microlocalização e inteligência artificial para facilitar a locomoção e a interação de pessoas com deficiência visual em ambientes internos e externos. Saiba mais.

 

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