Encontro sobre o Prêmio Empreendedora Curitiba reúne mulheres líderes de negócios no Instituto Legado

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Um evento inspirador reuniu cerca de 30 mulheres empreendedoras, intraempreendedoras e líderes de negócios com propósito na sede do Instituto Legado, na última quinta-feira (06/07). O encontro teve o objetivo de tirar dúvidas e inspirar a participação na categoria impacto social do Prêmio Empreendedora Curitibana 2023, promovido pela Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação com patrocínio do Instituto Legado, que vai oferecer bolsas de estudo no MBA em Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto para as vencedoras.

A coordenadora de projetos do Instituto Legado, Ágatha Rocha, abriu o evento falando sobre a importância do empreendedorismo social feminino como caminho de transformação positiva na sociedade e no meio ambiente. “A parceria com a Agência Curitiba traz consigo uma expertise e recursos valiosos que serão direcionados para impulsionar o desenvolvimento de projetos inovadores liderados por mulheres empreendedoras. Enfatizo que essa união de forças fortalecerá ainda mais o impacto transformador das iniciativas do Instituto Legado, proporcionando um ambiente favorável para o crescimento e a sustentabilidade das empreendedoras sociais. Juntos, o Instituto Legado e a Agência Curitiba estão comprometidos em promover uma mudança significativa e duradoura na sociedade, capacitando mulheres a alcançarem seu pleno potencial como agentes de transformação”.

Assessora técnica do Prêmio Empreendedora Curitibana, Yesica Vecchi lembrou que a iniciativa visa reconhecer mulheres da cidade de Curitiba e da Região Metropolitana a fim de inspirar novos negócios liderados por elas. O concurso ocorre a cada dois anos e segue critérios técnicos para avaliar as empreendedoras em cinco categorias: Microempreendedora Individual, Micro e Pequena Empresa, Melhor Ideia Empreendedora, Iniciativa de Impacto Social Positivo e Startups.

Mulheres (cisgênero e transgênero), com idade superior a 16 (dezesseis) anos, desde que emancipadas, pessoas físicas ou jurídicas residentes ou que possuam domicílio fiscal (pessoa jurídica) sediados em Curitiba ou de sua Região Metropolitana. As candidatas podem solicitar mentoria para receber orientação sobre sobre o processo de participação e o preenchimento do formulário de inscrição, que recebe candidaturas até o dia 16 de julho

As vencedoras de cada uma das cinco categorias vão ganhar uma bolsa gratuita para fazer o MBA em Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto do Instituto Legado. “Terão acesso a essa pós-graduação completa com conteúdos ricos para gerir um negócio de impacto. Quem não tiver graduação também poderá ganhar a bolsa, com a diferença de que receberá um certificado de curso livre”, explicou a coordenadora acadêmica do Instituto Legado, Daniela Nunes.

Trajetórias de mulheres que já ganharam o prêmio

Para inspirar as participantes do evento, o Instituto Legado convidou cinco empreendedoras sociais para compartilhar suas experiências na área. Larissa Hack, CEO da Consultoria Grupo Batom e Presidente da ONG Instituto Batom, que atuam na prevenção e combate à violência contra mulheres, foi uma das convidadas especiais. Larissa compartilhou sua jornada e os impactos positivos que o Prêmio Empreendedora Curitibana trouxe para sua iniciativa.

Larissa destacou que o prêmio foi um diferencial significativo para sua causa. Proporcionou maior visibilidade e possibilitou que ela fosse ouvida e vista por empresas e outras cidades. “Muitas de vocês têm pautas que a gente sabe que são importantíssimas e ganhar espaço para falar sobre nosso trabalho é fundamental”, disse Larissa, que venceu o Prêmio Empreendedora Curitibana em 2021.

Flávia Feliz, sócia da consultoria e educação sobre ESG e liderança consciente We.Flow, contou sua trajetória de engajamento com o setor social desde quando ainda era estudante de graduação. Mestre em Empreendedorismo Social pela University of Southern California (USC), Flávia também venceu o Prêmio Empreendedora Curitibana em 2021 e mostrou às participantes que, independentemente da área de atuação, é possível agir com consciência para gerar impacto socioambiental positivo. “Muitas vezes a gente não percebe como está gerando impacto positivo ao longo da nossa carreira”. 

Flávia lembrou que um dos diferenciais do Prêmio Empreendedora Curitibana é que as candidatas criam conexões que podem gerar parcerias. “Quando a gente fala de impacto, a gente fala em colaboração e não em competição. O que acho bacana é esse caminho de receber formação gratuita, de ser um programa acessível que abre portas e ajuda a construir relações que a gente leva para a vida. Disso vão surgindo parcerias”.

Roda de conversa

Na sequência, três empreendedoras sociais foram convidadas para uma roda de conversa mediada por Ágatha Rocha: Andréia Calabria, fundadora da Atitude Inclusão, empresa de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho; Caroline Alcova, fundadora da organização Terapia Intensiva de Amor, que atua em hospitais por meio da arte da palhaçaria; e Virgínia Donato, diretora do Instituto Playing for Change, que trabalha com crianças em contraturno oferecendo acesso à cultura e informação por meio da arte.

Durante a conversa, as empreendedoras compartilharam suas jornadas e destacaram os principais desafios enfrentados em suas iniciativas. Andreia ressaltou a importância da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, abordando a resistência das empresas em aderir à lei de cotas. Ela enfatizou a necessidade de persistir e encontrar maneiras criativas de capacitar e acolher pessoas com neurodiversidade.

Caroline, por sua vez, falou sobre o trabalho realizado por sua organização social nos hospitais de Curitiba. Ela destacou o impacto que gera na vida das pessoas ao levar cultura e afeto quando elas estão enfrentando momentos difíceis. Virgínia abordou a importância do empreendedorismo social e do autoconhecimento. Ela falou sobre a necessidade de entender as paixões e habilidades pessoais para criar negócios com propósito. De acordo com ela, ao iniciar mudanças em pequena escala, cada indivíduo pode contribuir para um futuro melhor.

Ao longo do evento, também foi destacado o poder das conexões e da colaboração entre as empreendedoras. A troca de experiências e o apoio mútuo foram elogiados como elementos fundamentais para o sucesso e o crescimento das iniciativas sociais. 

A categoria iniciativa de impacto social

A categoria Iniciativa de Impacto Social do Prêmio Empreendedora Curitibana é voltada para empresas lideradas por mulheres fundadoras, proprietárias ou sócias com no mínimo 50% de participação societária. Essas empresas devem apresentar projetos inovadores e colaborativos que gerem impacto socioambiental por meio de ações relacionadas ao desenvolvimento econômico, socioambiental, educação, saúde, cidadania e tecnologias verdes. O objetivo dessa categoria é solucionar problemas reais por meio da atividade principal ou projeto complementar da empresa, seja por meio de produtos, serviços ou forma de operação.

Serão premiadas iniciativas formalizadas e em operação que apresentem dados comprovados de impacto causado e que tenham se destacado ao superar problemas socioambientais locais, incluindo aqueles agravados pela pandemia. Os projetos podem estar relacionados a desenvolvimento econômico, saúde, educação e cultura, meio ambiente, entre outros, visando reduzir a pobreza, promover uma vida saudável, garantir educação integral, preservar o meio ambiente e responder a emergências ambientais.

“É muito poderoso quando a gente tem objetivos e ações que convergem”, comentou a coordenadora Prêmio Empreendedora Curitibana, Daniela Del Puente, ao término do evento. Ela também lembrou que as mentoras do programa estão disponíveis para ajudar mulheres que ainda têm dúvidas e querem entender para qual categoria devem se inscrever.

Para conferir o edital completo e se candidatar ao prêmio, acesse http://www.agenciacuritiba.com.br/premio-empreendedora/. As inscrições terminam dia 16 de julho.

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