Rosimeire Benites, fundadora e presidente da Associação de Atendimento e Apoio ao Autista, e sua filha Beatriz
Dizem que em coração de mãe sempre cabe mais um. O dito popular é ainda mais verdadeiro quando o assunto são as mães empreendedoras sociais. Além dedicar todo amor e atenção a seus filhos, elas ainda se dedicam a projetos que não só ajudam a mudar a vida de outros filhos e de outras mães, como também permitem a construção de uma sociedade mais justa e sustentável para as futuras gerações.
Motivada pela experiência que teve com a filha autista, Rosimeire Benites criou, em 2006, a Associação de Atendimento e Apoio ao Autista (AAMPARA), instituição sem fins lucrativos que busca melhorar a qualidade de vida de pessoas com autismo por meio do apoio às famílias, do cuidado e fortalecimento de vínculo e da busca pela obtenção de direitos.
“Eu quis fundar a AAMPARA para que nenhuma mãe tivesse que passar pelos sofrimentos que eu passei em busca do diagnóstico e de uma terapia especializada para minha filha, que apresentou os primeiros sintomas de autismo com um ano e meio, mas só foi diagnosticada aos 4 anos de idade”, afirma Rosimeire. Participante do Projeto Legado 2016, a AAMPARA já ajudou mais de 50 famílias. “Fiz tudo por minha filha porque uma mãe não desiste dos seus filhos jamais, nós precisamos sempre lugar lutar por eles. Nosso amor é incondicional”.
REDE DE MÃES
O Instituto Legado tem o orgulho de ter em sua rede grandes exemplos de mães e para marcar o Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, perguntamos a algumas delas como o empreendedorismo social pode ajudar a construir um futuro melhor para seus filhos. Confira as respostas:
O empreendedorismo social ensina nossos filhos se preocuparem uns com os outros Adriana Aparecida de Paula, fundadora da Anjos Cidadania e mãe do João Victor, 10 anos, e da Amanda, 6 anos.
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O empreendedorismo social contribui com o futuro dos meus filhos porque oferece mais oportunidades de soluções socioambientais, de forma mais inclusiva e justa para todos. Assim, formamos uma sociedade mais consciente e solidária. Claudia Marcia Rodrigues Silva, gerente executiva da Elo Apoio Social e Ambiental e mãe da Natalia e do Artur Rodrigues Silva, gêmeos de 19 anos.
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O empreendedorismo social me ajuda a tornar o mundo mais justo e com mais igualdade de gênero para o futuro da minha filha. Fernanda Goss, CEO da Conexão Liberdade e mãe da Alice, 3 anos
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O empreendedorismo social não só altera toda a lógica do sistema, mas altera a nossa forma de ver o mundo e entender a sociedade. Para nossos filhos, é a forma de ensinar na prática que somos todos responsáveis pelo nosso futuro e pelo mundo em que vivemos. Nenhum ensinamento é mais forte que o exemplo! Marcela Milano, fundadora do Projeto Linyon e mãe do Bernardo, 5 anos.
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A maternidade me inspira ainda mais na busca de um Brasil mais justo, de um mundo melhor, para meus filhos e todos os filhos da Mãe Terra Maria Isabel Grassi Dittert, gerente do Instituto Bom Aluno do Brasil e mãe da Amanda Dittert Pelizzaro, 26 anos, e do Rafael Dittert Pelizzaro, 22 anos.
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Investindo meu tempo, energia e recursos no empreendedorismo social colaboro com a construção um mundo mais justo, onde mais crianças e adolescentes crescem em famílias que cuidam, nutrem e protegem; e ainda dou a meus filhos a oportunidade de voltar seu olhar para o próximo e viver uma vida relevante. Sara Vargas, presidente da Pontes de Amor e mãe do Lucas, 18 anos, da Jéssica, da Kethleen e da Kelly, de 14 anos.