Agências da ONU lançam campanha anti-xenofobia produzida por negócio social da Rede Legado

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Por Stephane Sena*

Materiais feitos pela Trópico buscam promover, a partir do audiovisual de impacto, a empatia e desconstruir preconceitos contra venezuelanos que chegam ao Brasil

Reduzir a xenofobia e levar os brasileiros a se colocarem no lugar de refugiados e migrantes que vêm da Venezuela para o Brasil. Este é o objetivo da campanha “Histórias em Movimento”, lançada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com o apoio da União Europeia e produção audiovisual da Trópico, negócio social da Rede Legado que atua na área de audiovisual com foco em direitos humanos.

“Fazer essa campanha para a ONU é algo muito importante para a Trópico e, particularmente, para mim. Esse era um dos meus sonhos: fazer um trabalho de audiovisual englobando múltiplas narrativas. Para conseguir essa campanha, passamos por uma seleção bem criteriosa, mas como nosso foco é trabalhar com direitos humanos e já temos experiência com isso, ficamos entre os finalistas e fomos escolhidos. Está sendo muito legal ficar aqui imersos na Região Norte do Brasil, vivenciando esse momento ao máximo para deixar o trabalho mais rico, profundo e verdadeiro”, conta o fundador da Trópico, Diego Florentino.

Nos materiais de estreia, são mostradas histórias de homens, mulheres e famílias venezuelanas que chegaram ao Brasil e estão conseguindo refazer suas vidas. É o caso da família Fernandes, que deixou a Venezuela em 2018 e hoje vive no Paraná. A família de seis pessoas chegou ao país por Roraima e viveu por algumas semanas nos abrigos em Boa Vista, antes de participar do processo de interiorização. Hoje, moram em uma casa alugada e trabalham para recomeçar a vida no Brasil.

Outros três momentos estão previstos para a campanha, ainda no primeiro semestre. Entre os temas estão o acesso a serviços básicos, como educação, saúde e segurança, as particularidades dos povos indígenas da Venezuela no Brasil, e as demandas de populações em situação de maior vulnerabilidade, como crianças, pessoas idosas e LGBTI.

Ação em conjunto

Desde 2015, mais de 85 mil venezuelanos e venezuelanas procuraram a Polícia Federal para solicitar refúgio ou residência no Brasil. A maior parte dessas pessoas chega ao país por via terrestre, cruzando a fronteira em Roraima. Para oferecer atendimento humanitário a essas milhares de pessoas, várias agências da ONU têm trabalhado na região em atividades e ações como processos de registro, abrigamento dos grupos mais vulneráveis, acesso à informação e atuação com crianças e vítimas de violência de gênero. O projeto da União Europeia com as agências da ONU tem como objetivo melhorar o ambiente de proteção para venezuelanos e venezuelanas no Brasil e contribuir para uma convivência mais pacífica desta população nas cidades de acolhida.

Assista ao vídeo de lançamento da campanha:

 

*Com informação da ACNUR

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