Texto: Stephane Sena
Foto: Giovana Bertoldi
Iniciamos mais um capítulo de nossa história. Na última sexta-feira, 23, fizemos a abertura do Projeto Legado 2018, a sexta edição do programa que oferece formação e aceleração de impacto para iniciativas socioambientais. O evento foi realizado no auditório da FESP, no centro de Curitiba, e reuniu mais de 40 empreendedores sociais de diferentes regiões do Paraná e do país. Esse foi o momento de conhecer as instituições selecionadas por meio de uma rodada de pitches (com um minuto e 30 segundos cada) feitos por seus representantes. As apresentações contaram com a presença de conselheiros e diretores do Instituto Legado, além de investidores sociais e o diretor da Nuvem Mestra (representante da Google for Education), Tony Santos.
“Temos a capacidade de transformar a sociedade para melhor. Esse é o propósito do Instituto Legado”, afirmou o fundador e presidente do IL, James Marins, durante sua fala sobre movimento transformador massivo. “Através do empreendedorismo social, nós participamos do modo como será a nossa sociedade”, completou.
Como incentivador de conexões e formação de rede, o Instituto Legado anunciou uma importante parceria com o Programa Impulso, iniciativa do Instituto GRPCOM que oferece ferramentas e capacitação para Organizações da Sociedade Civil. Dez formações do Impulso serão oferecidas para a turma de Fortalecimento Organizacional do Projeto Legado. Dessa forma, as duas instituições unem forças para gerar empoderamento e fortalecer o ecossistema de empreendedorismo social.
Diversidade
A principal característica da turma 2018 é a variedade de causas e soluções, algo que já era perceptível em outras edições, mas que se mostrou ainda mais latente este ano. Só na área de educação, por exemplo, há diferentes temáticas: educação em direitos humanos, educação do campo, educação financeira, educação infantil, educação ambiental e educação profissional. Na área de sustentabilidade, há desde grupos que se mobilizam para limpar rios até a organização que utiliza casca de coco para tirar petróleo dos mares. A área de tecnologia está representada por iniciativas de financiamento coletivo, conexão de ONGs com voluntários, entre outras. Não acaba por aí. Saúde, esporte, causa das pessoas transexuais, movimento negro, assistência social e cultura também marcam presença no edital deste ano. Ao longo do período de capacitações, vamos contar um pouco da história de cada uma delas ;-)
“Nesta edição temos uma representatividade muito forte com organizações de Curitiba, da Região Metropolitana, do litoral e de outros municípios do país. As atuações também são múltiplas e receber tantas causas plurais nos honra muito. A diversidade gera inovação”, relata a gestora de projetos sociais do Instituto Legado, Beatriz Groxco.
Inspiração
Os empreendedores sociais tiveram uma dose extra de inspiração conhecendo a trajetória do Centro Cultural Cecília Correa de Carvalho (5C), organização que participou da edição 2017 e recebeu o investimento financeiro de R$ 10 mil. O pedagogo João Costa, fundador do 5C, falou sobre a mudança de perspectiva ao longo de um ano e como o Projeto Legado o ajudou a pensar novas possibilidades de gerar transformação na vida de crianças e jovens de Paranaguá. Não só pensar possibilidades, colocá-las em prática. Com a formação e o investimento financeiro, João decidiu construir um cinema para ensinar valores por meio da linguagem audiovisual. A inauguração do espaço será feita em breve e o primeiro filme a ser exibido será uma produção feita pelos próprios jovens atendidos no projeto.
“Foi muito importante para nós, que estamos chegando, conhecer o case do João, alguém que já passou pelo projeto”, contou a diretora de projetos da ONG Sorriso Sustentável, Ana Carolina Vieira. Os empreendedores também puderam aproveitar o intervalo para iniciar conexões. “Essa dinâmica funcionou muito bem porque já permitiu uma troca de conhecimento com todos”, disse a presidente da organização Adoptare, Márcia Regina Silvia. “Fique surpresa com o Instituto Legado. Tinha a sensação de que tudo o que acontece no setor social não tem a mesma seriedade de uma empresa, mas é possível ter uma estrutura de empresa com foco no social”, disse Kelly Couto, também da Adoptare.
Mão na massa
Neste sábado, 24, a turma 2018 já começou os trabalhos. Com o tema ‘Empreendedorismo, Tecnologia e Impacto Social’, a primeira capacitação foi realizada na FESP com a facilitadora Daniela Oganauskas, mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná que atua com lançamento e gestão de startups. A aula foi de muita discussão e troca de ideias, em que todos foram convidados a refletir sobre suas realidades e a visão sobre impacto social.
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